As inundações que acontecem na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) atingem toda a população, as indústrias e o comércio, provocando prejuízos incalculáveis do ponto de vista econômico e social.
Não é difícil saber porque isso acontece.
A RMSP está situada sobre um planalto com baixos declives e é talvez a área mais densamente ocupada no mundo. Ao longo do tempo essa ocupação foi feita de forma desordenada e desprovida de planejamento urbano. O processo de urbanização que ocorreu a partir dos anos 60 trouxe como conseqüência a impermeabilização do solo; todo espaço retirado pela urbanização, antes destinado ao armazenamento natural das águas, ou seja, as várzeas dos cursos d'água, foram substituídas por novas áreas inundáveis. Acrescenta-se a esse problema a prática de canalizações dos rios e córregos, muitas vezes de forma radical, alterando o comportamento das enchentes e não resolvendo o problema, uma vez que a cidade continua crescendo sem planejamento, exigindo cada vez mais medidas para disciplinar e conter as águas.
Visando primordialmente o combate às enchentes na Região Metropolitana de São Paulo, através de uma abordagem integrada dos problemas em todas as principais sub-bacias da bacia hidrográfica do Alto Tietê, em 1998 foi elaborado o Plano Diretor de Macrodrenagem da bacia do alto Tietê, que busca complementar as necessárias obras de melhoria hidráulica dos rios Tietê e Tamanduateí com um conjunto de soluções modulares, por sub-bacias, que permitem a execução por etapas.
O Plano Diretor de Macrodrenagem visa, em síntese, diagnosticar os problemas existentes ou previstos no horizonte de projeto a determinar, do ponto de vista técnico-econômico e ambiental, as soluções mais interessantes.