O Mineirão também vai usar a luz do sol como fonte de energia. Seis partidas da Copa do Mundo de 2014 vão ser disputadas em Belo Horizonte.
A cobertura do Mineirão vai dobrar de tamanho. E a novidade do projeto
quase ninguém vai ver. Ficará por cima: um sistema de geração de energia.
“Vai ficar muito bom, vai ser uma coisa muito chique”, afirma Leonardo
da Cruz Freitas, operador de guincho.
O sistema é com placas de silício, mesmo material usado para fazer
chips de computador. As placas transformam a radiação solar em eletricidade.
Aproveitando a energia do sol, o Mineirão vai produzir cerca de 80% de
toda a energia elétrica que ele vai consumir. É o suficiente para abastecer, a
cada dia, mil e duzentas residências de porte médio.
“Mesmo com tempo nublado ele gera energia ”,explica Lauro Vilhena,
professor eletrônico PUC.
Serão sete mil placas ocupando toda a cobertura de concreto: dez mil
metros quadrados.
O Mineirão vai fazer uma troca. Como durante o dia o consumo no estádio
é pequeno, a energia que sobrar vai para a rede de abastecimento da cidade. E
em dias de jogos, principalmente à noite, a rede devolve a energia ao estádio.
Uma espécie de compensação.
“Durante 25 anos esse sistema vai ficar aqui, funcionando, gerando
energia. Quanto mais você gera energia por fontes que não poluem, é como você
estar deixando de consumir. Então, qualquer economia de energia é bem vinda”,
explica Alexandre Heringer, gestor de projetos energias renováveis da Cemig.
A conversão de energia solar em eletricidade também será feita no
Maracanã- o suficiente para abastecer 240 casas.
No Mineirão, as placas começam a ser instaladas em setembro. E vão
contribuir para o estádio conseguir a certificação de empreendimento
ambientalmente sustentável.
“Nós temos outras ações também, como reuso de água e o reaproveitamento
de materiais na fase de construção”, diz Ricardo Barra, diretor Consórcio Minas
Arena.
Leonardo quer ver na prática o sistema funcionando. Mas já gostou.
“Quando aparece qualquer coisa para economizar e gerar energia é muito bom”,
afirma o operador de guincho Leonardo da Cruz Freitas.
Fonte: Jornal Nacional